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    sexta-feira, 4 de setembro de 2015

    Calor sem luz e luz sem calor - Jonathan Edwards




    Por Jonathan Edwards


    “Deus não quer nem aceitará de nós uma religião que consiste em desejos fracos, insípidos e sem vida, que mal conseguem nos afastar da indiferença. Em sua Palavra, ele insiste que devemos ser fervorosos de espírito e servi-lo de todo coração. A vida cristã contém elementos grandiosos demais para permanecermos apáticos.”



    “O crente que possui apenas conhecimento doutrinário e teórico, sem emoção alguma, jamais alcançará a excelência da fé.”



    “Nenhuma mudança significativa na vida acontece enquanto o coração não é profundamente afetado pela graça de Deus.”



    “É preciso haver entendimento e também fervor, pois se o coração tiver calor sem luz, nada de divino ou celestial haverá nele. Por outro lado, a luz sem calor, uma mente repleta de noções e especulações, com o coração frio e indiferente, também nada terá de divino.”



    “Condenar o entusiasmo e presumir que a emoção não passa de emoção é um grande e desnecessário erro. Ao mesmo tempo é bom lembrar que a intensidade do entusiasmo não constitui evidência de verdadeiras emoções religiosas. As Escrituras mostram que emoções intensas nem sempre são espirituais.”



    “As falsas emoções se apresentam com muito mais facilidade do que as verdadeiras. A pompa e a visibilidade fazem parte da natureza da falsa espiritualidade, como acontecia com os fariseus.”



    “Corrupção não mortificada no coração pode abafar o Espírito Santo.”



    “Um cristão verdadeiro é dez vezes mais convicto das maldades de seu coração e de sua corrupção do que o cristão hipócrita.”



    “O verdadeiro santo sente prazer imenso na santidade, a seus olhos não há nada mais belo.”



    “A falta da graça e o domínio do pecado enfraquecem a visão do crente a ponto de a percepção ficar imprecisa. Como a pessoa daltônica, o crente que tem vida mundana não consegue julgar adequadamente as realidades espirituais.”



    “O amor a Deus por interesse próprio é uma coisa e o amor a Deus por causa dele mesmo é outra. Não pode haver confusão a esse respeito.”



    “Precisamos considerar a humildade como uma das características mais essenciais do verdadeiro cristianismo.”



    “O grande dever do cristão é negar a si mesmo. Primeiro, é preciso negar as inclinações e os prazeres mundanos; segundo, é preciso negar a autoexaltação e renunciar à importância pessoal, esvaziando-se a si mesmo.”



    “Pecado é fazer menos do que Deus pede de nós.”



    “É sinal de desequilíbrio quando os crentes se ofendem com as características negativas de seus irmãos, como frieza ou inércia, mas, ao mesmo tempo, não se abalam com seus próprios defeitos e fraquezas. O verdadeiro cristão lamenta as duas situações e está pronto a discernir as falhas próprias e as alheias.”



    “Há crentes que agem por impulsos. De repente se levantam, só para cair de novo, tornando-se relaxados e mundanos. São como a água abundante da chuva que engrossa o ribeirão por algum tempo. Depois que passa a chuva, o córrego quase seca. Com outra chuva, volta a se encher. Mas, o verdadeiro santo é como uma corrente alimentada por uma fonte viva que, embora aumente muito com a chuva e diminua na seca, nunca para de correr, como o Senhor prometeu (Jo 4.14).”



    Há sempre espaço para a alma se expandir, até se tornar um oceano infinito.



    “O crente zeloso persiste na prática cristã até o fim da vida. Nunca tira férias, nem limita essa prática a determinadas ocasiões.”



    (Frases retiradas com permissão do livro “Uma Fé Mais Forte que as Emoções”, obra-prima escrita por Jonathan Edwards em 1746 e publicada em português pela Editora Palavra.)

    Fonte: Ultimato
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