Alguns intitulam a si mesmos “profetas”, e saem por aí “entregando uma palavra do Senhor”. São pessoas que nem sempre têm o coração reto para com Deus e, em alguns casos, são “auto-enviadas”, deixando os irmãos frustrados e desapontados. As palavras que falam vêm do próprio coração, e em alguns casos, de espíritos familiares. Podem até falar “boas palavras”, mas Deus não as enviou a pregar nem colocou as palavras na boca.
“Não mandei esses profetas; todavia, eles foram correndo; não lhes falei a eles; contudo, profetizaram. Mas, se tivessem estado no meu conselho, então, teriam feito ouvir as minhas palavras ao meu povo e o teriam feito voltar do seu mau caminho e da maldade das suas ações” (Jr 23:21,22).
Eis o que Deus diz a respeito das pessoas que enviam a si mesmas: “…falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor” (Jr 23:16). No mesmo capítulo, Deus diz que esses profetas auto-enviados poluem a Terra, e por causa de suas profecias, o povo de Deus é desvalorizado (versículos 15 e 16).
Procure ver a motivação por trás do ministério. O povo está se voltando para Deus? Ou as pessoas estão ficando cada vez mais dependentes dos “profetas” e de seus dons? Um dos subprodutos dessa onda profética são pessoas correndo de um lado para o outro, buscando uma “palavra” de Deus. Elas têm como foco a si mesmas. Buscam envaidecer o eu. Em vez de se voltarem para o Senhor, abandonando os seus maus caminhos, elas buscam os “profetas” para terem alguma resposta de Deus.
Jesus nos ensina a reconhecer entre o falso e o verdadeiro profeta. “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7:16). O verdadeiro fruto é quando as pessoas manifestam publicamente que mudaram de vida. Precisamos desenvolver o dom de discernir, a fim de perceber a diferença entre a verdadeira e a má motivação… bem como o verdadeiro e o falso profeta!
Lembre-se de uma coisa: o propósito da restauração do ofício profético é preparar os corações para receber este ministério e os dons ministeriais nele contidos. Esses profetas serão a “voz que clama no deserto”, anunciando que é hora de preparar o caminho de santidade do Senhor.
John Bevere
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