Considerando que 48% da população indígena brasileira já vive hoje em áreas urbanizadas, é necessário orar por esse desafio. Provavelmente, 111 grupos indígenas já vivem em contexto de urbanização, o que promove uma série de disfunções socioculturais.
A urbanização é um fenômeno produzido, sobretudo, pelos processos de atração que promovem a migração do indígena para áreas urbanizadas, pequenas e grandes cidades. Os principais elementos de atração são: (1) busca por educação formal em português; (2) proximidade de uma melhor assistência à saúde; (3) acesso a produtos assimilados (especialmente roupas, alimentos, entretenimento e álcool); (4) expectativa de melhor subsistência.
Os dados quanto ao processo de urbanização e suas implicações socioculturais, sociolinguísticas e familiares ainda são inconclusivos, porém apontam, em grande parte, para um cenário por demais preocupante, formado por sérias deficiências de inclusão social, empobrecimento da dieta alimentar e dificuldade de acesso às iniciativas de assistência pública.
A evangelização dos grupos urbanizados também representa um grande desafio. Duas posturas têm sido observadas de forma mais presente nesse contexto. Primeiramente, ignorar e discriminar a presença indígena na cidade, evitando o contato e qualquer iniciativa de relacionamento. Em segundo lugar, abordar os indígenas sem critérios de sensibilidade cultural, incorporando-os a trabalhos com padrões não indígenas que promovem dificuldades de comunicação e algum sistema de exclusão.
Oremos:
1. Pelos 111 grupos indígenas em processo de urbanização;
2. Pelas políticas públicas, para que contemplem esse grupo quase invisível nas cidades brasileiras;
3. Pelas iniciativas evangélicas entre os indígenas, de forma ativa, intencional e culturalmente sensível;
4. Por lideranças indígenas evangélicas que conduzam o povo nessa ifícil caminhada;
5. Pelas iniciativas do CONPLEI, que visam a facilitar a experiência de urbanização dos indígenas evangélicos.
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